sábado, fevereiro 27, 2010

Ontem enquanto olhava a Lua...

Ontem, enquanto à noite, saindo da casa de um Amigo apreciava silencioso a Lua, o mundo tremia não muito longe de onde me encontro.

Ontem, olhando uma maravilha da natureza, inebriando-me com a sua força simbólica e a sua aura, a natureza sacudia-se e arrasava, rebelava-se.

No presente dos dias (e das noites), busco-me e confundo-me, por entre uma nova realidade que me sacode todos os dias quase como o tremor revolto de ontem.

Brincamos aos deuses, uns mais que outros, à nossa escala e dimensão, querendo encontrar as referências que nos encaminhem nos horizontes da vida. E no entanto, a cada dia, recebemos sinais dispersos e conflituantes, de que sim e de que não, de bom e de mau, de sorrisos e de choros, e arrepios de dor e espasmos de prazer.

Hoje apetecia-me dizer muita coisa... Falar do sol, da chuva, da Lua e da Terra, mas não há meio de fazer com que as linhas de pensamento se organizem, se conjuguem em ideais articuladas que justifiquem mais mensagem.

Escrevo na mesma, porque estou farto de apagar, e acredito mais em construir que destruir, em torcer que quebrar (independentemente do que disser o ditado!)

E fico a pensar que ontem, enquanto olhava a Lua, o tempo parecia parar e por um momento ser só meu e eu ser Deus. Mas,afinal, não foi bem assim.

E daqui, deste periscópio da vida, procurando olhar distante o que acontece à minha volta, sento-me e absorvo.

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